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vaudeville rendez-vous regressa e pensa legado dos últimos anos de festival

o quadrilátero cultural - famalicão, guimarães, barcelos e braga - prepara-se para mais uma edição do festival internacional vaudeville rendez-vous, que vai decorrer de 18 a 22 de julho.


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com uma estreia absoluta, quatro estreias nacionais e um total de 11 espetáculos, o evento está a um passo da primeira década e apresenta uma “programação que pensa sobre o que foi o legado do festival nos últimos anos e espelha repertório construído”.


quem o disse foi bruno martins, responsável pela programação artística juntamente com cláudia berkeley, na apresentação do programa. perceberam que havia “uma série de artistas que têm feito esse exercício de reescrever as suas próprias obras” e isso estará claro nos cinco dias.


"solos a 180º", da companhia portuguesa radar 360º, tem como mote a estrutura cenográfica de um espetáculo anterior. também "smashed 2", dos ingleses gandini juggling, que traz malabarismo ao festival, é um remake do espetáculo que catapultou a companhia internacionalmente, tendo sido reescrito para um espaço público e para mulheres.


"truel destino! um suor de esperança...", apesar de ser uma obra recente, será aqui também apresentada como reescrita. da bélgica, trazem um espetáculo que tem como ponto de partida um encontro improvável, à sombra de um andaime, entre dois homens, solitários, que até a linguagem separa.


enrre as ruínas de um mundo em chamas, "runa" surge em cena como testemunha de um necessário processo de reconstrução pessoal e coletiva. o artista circense amer kabbani, de origem catalã e síria, junto com o diretor rolando san martín, explora o género da autoficção para dimensionar a bolha de vidro que protege o seu contexto de europeu racializado, da dura realidade das guerras. espelha tensões de um cidadão que vive numa europa aparentemente segura ou mais segura que o seu lugar de origem.


já "grasshoppers", da companhia belga circus katoen, é uma reprodução da resiliência e vulnerabilidade da natureza e do papel que nós, como humanos, desempenhamos nela. e também "passages", de alice rende, se apresenta como uma metáfora, neste caso para as limitações invisíveis que ultrapassamos no dia a dia.


a técnica da suspensão capilar é trazida ao festival com o espetáculo "ária", que explora o ar. "carmim" questiona o papel da mulher moderna na sociedade e é quase como um grito para descobrirmos a mulher selvagem que habita dentro de nós. também haverá espaço para questionar o lugar do eu e do outro, com "raíz".


ainda de espanha, irá, também, marcar presença, no festival, a companhia manolo alcántara. irá dar a conhecer "maña", uma performance-instalação que gira em torno do engenho, esse atributo atemporal, universal e transversal, visto através de lentes artísticas e artesanais. em "en attndant le grand soir", acrobatas franceses querem transformar a plateia numa disco party e prometem desafiar a própria gravidade, revelando momentos de dança e acrobacias.


já recorrentes nas últimas edições do vaudeville rendez-vous, voltam a surgir as oficinas de criação que acontecerão logo nos primeiros dias. esta edição do festival integra, ainda, uma masterclass guiada pela companhia francesa le doux supplice, uma mesa-redonda sobre escrita e dramaturgia no circo e uma sessão de pitching para programadores e agentes artísticos.


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