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nuno ribeiro: "quando não é em concerto, dá para as pessoas me conhecerem um bocadinho melhor"

depois de estar à conversa com tiago david, no the emergente show, nuno ribeiro falou com a be wave. estar no palco quando não se trata de cantar, o futuro, e o seu mais recente single, "dias cinzentos", foram alguns dos temas que marcaram a nossa conversa.

© be wave

no dia de hoje, subiste a palco para fazer uma coisa diferente que não cantar. saíste um bocadinho da tua zona de conforto…

sim… quer dizer, em termos de nunca ter feito isto, sai da minha zona de conforto. mas falar também considero muito a minha zona de conforto, porque eu sou um grande tagarela e no meu dia a dia já falo muito e gosto muito de falar sobre experiências e coisas que já passei. foi uma coisa diferente, mas também estava ali mais ou menos no meu habitat natural, que é lidar com pessoas e ter conversas, mas adorei. ainda agora estava a falar disso, passou super rápido. nem tive noção quando o tiago disse que já estava para acabar. acho que foi uma experiência muito bonita, diferente.

olha, sempre me convidarem assim para coisas não tão cantadas e mais faladas, terei todo o gosto em estar presente.


e também são iniciativas que acabam por te ligar um bocadinho mais ao público.

sim, principalmente nesta altura em que abrandamos um bocadinho os concertos, que acabou a tour de verão, estamos a preparar a próxima, mesmo para as minhas fãs, as pessoas que acompanham, foi mais um dia em que conseguimos estar mais um bocadinho. todos juntos. quando não é em concerto, dá para as pessoas me conhecerem um bocadinho melhor, conhecerem mais o nuno próprio, não o nuno ribeiro artista. acho que foi muito enriquecedor também nesse aspeto.


já sentes esse carinho do público?

sim e, felizmente, cada vez sinto mais. já começo a ter aquela legião de fãs que está sempre presente, em todo o lado a que vou e as pessoas que não são tão eufóricas também me acarinham muito e vêm dar sempre aquela palavra de encorajamento e dizer que é uma vida difícil, mas que têm a certeza que isto irá correr bem. deixa-me muito feliz receber esse carinho de toda a gente.


disseste que se não fosses cantor o teu caminho iria ser na música na mesma. escreves mais para satisfazer a ti próprio ou para satisfazer os outros?

em primeiro lugar, eu tenho que fazer uma coisa que eu gosto e que eu sinta. por isso é que falamos ali de fazer uma música propositada para o tiktok e eu disse que não seria possível. acredito que cada vez tu escreves uma música com objetivo de chegar a alguém, é para atingires essa pessoa de alguma maneira. tenho que ser sincero, seja de ti, ou de uma história de outra pessoa qualquer que te tenha feito chegar a essa história. pelo menos vou ser sempre verdadeiro naquilo que tenho a dizer. por isso, respondendo à tua pergunta, primeiro, escrevo aquilo que realmente sinto. se as pessoas gostarem, ainda melhor.


por falar em verdadeiro e sinceridade, é inevitável falar no teu último single, “dias cinzentos”. disseste, numa, entrevista que é dos teus temas mais honestos e despidos. como é que foi o processo de criação dessa música?

depois de uma noite no estúdio, já eram sete e tal da manhã, começamos a compor a música. foi tudo gravado, tudo feito no mesmo dia. por ser tão à flor da pele e ser tão sentimental, porque tanto eu, como a outra pessoa que partilhou a história, como o outro produtor que eu tinha no estúdio, sentimos de tal maneira a energia, que decidimos pôr logo tudo no mesmo dia e fazer. daí ser uma das músicas mais honestas e mais sinceras e acho que isso se está a sentir. já estamos há quatro semanas em número um na rfm.





e o futuro vai trazer um bocadinho mais de ti e coisas diferentes…

sim, vou continuar a falar de amor, mas de uma maneira mais descritiva, mais visual. em vez de ser aquele amor tão metafórico, ser um amor mais real e que as pessoas se possam identificar com as coisas que vivem no dia a dia. estou curioso para ver o que a malta vai achar.


e colaborações, que é uma coisa que também já nos tens habituado, vão continuar?

fortíssimas, mas não posso dizer. estou super entusiasmado para a malta perceber o que é que vai haver em colaborações. malta nacional, vai ser fixe vai ser fixe.


que mensagem gostavas de deixar aos jovens que estão agora a começar na música?

sonhem muito. é muito importante sonhar e acho que só se torna realidade quando há um sonho. se tu não tiveres, não há maneira de o tornar realidade. ao mesmo tempo teres… olha, foi o que disse há bocado: hoje corre tudo muito bem, amanhã já não corre assim tão bem. por isso, é ter os pés assentes e muito trabalho, porque acreditem que é mesmo trabalhoso e tem que se trabalhar muito para conseguir alguma coisa, em qualquer área.


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