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".g rito": um grito silencioso no feminino

oito mulheres: seis bailarinas, uma responsável pela luz e outra pelo live act sonoro. o palco uma espécie de ringue. sem guerras, mas cada uma com uma batalha diferente. com partilha.


© paulo pacheco

".g rito", de piny, dá espaço à individualidade e ao grupo - de bailarinas e aquele que se forma com o público também -. dá espaço às mulheres para serem mulheres. dá espaço à capoeira, ao hiphop, ao voguing, às danças tradicionais, às danças de salão e a tantas outras.


em cena houve espaço para se falar do que ainda muitas vezes é tabu em portugal, para se falar de prazer e sexo. e a forma como a plateia é, neste espetáculo, disposta, faz com que a performance pareça quase uma conversa.


ao chegar temos uma zine, a ".g rito zine" na cadeira. e é dado tempo para o abrirmos e percebemos ao que viemos. fala-se de mais. como da questão da classe, da cultura e do género. que "é um triângulo muito complicado".


".g do prazer. grito da voz aberta. rito dos rituais."

se este espetáculo tivesse uma definição seria, sem dúvida, esta. a ela, somava as linhas que criavam um x no chão, as luzes que o seguiam, a música e o cantar ao vivo, a mistura do hiphop com o fado, do clássico com tudo o resto. somava a beleza de corpos diferentes e os movimentos em linha reta. somava a respiração e o som do corpo das bailarinas a bater contra o chão.


uma peça que é uma mistura rica em culturas, em tempos e em relações.


"a voz conduz o rito, a voz que é grito e que tantas vezes não se ouviu. aqui sente-se. aqui é na pele toda que escuta."

© paulo pacheco

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